jueves, 20 de junio de 2013

Vamos às ruas!!



O Brasil está vivendo um momento histórico, façamos que ele seja também herstórico.

Vamos às ruas!!

Em 1789 a Revolução Francesa não contemplou às mulheres, quando saiu “A declaração dos direitos do homem e do cidadão”, as mulheres não estávamos nele, foi por isso que a inteligente ativista e feminista Olympe de Gouges escrevera “A declaração dos direitos da mulher e da cidadã”.
É um bom momento para nos visibilizarmos e colocar junto as nossas pautas feministas como é o caso do Estatuto do Nasciturno do que poucas pessoas falam hoje, também a horrorosa chamada “Cura GAY” que também é lésbica e trans.

Vamos às ruas!!
Nos encontramos hoje quinta-feira 20 as 17.00 hs na porta do MARGS
Abraços rebeldes


Não é pelo 0,20
  1. ·         É pelo lucro no transporte
  2. ·         Pelos hospitais precários
  3. ·         Poucas vagas nas universidades
  4. ·         Salários miseráveis das professoras
  5. ·         Pela cura GAY???
  6. ·         Investimento em estupros???????? Fora o Estatuto do Nasciturno!!!!!!!

Quer mais?



miércoles, 12 de junio de 2013

Brasil decide investir em estupros


Semana passada a Comissão de Finanças aprovou um substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do “pai” – o estuprador – não poder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador, bolsa estupro: um projeto insalubre.

Com essa nova lei, cada mulher estuprada, e que ficar grávida, para que não aborte o Estado lhe pagará o equivalente a um salário mínimo até que a criança complete 18 anos. Também está prevista a possibilidade de que o estuprador reconheça a criança e seja ele o feliz papai quem banque a mesada dx filhx. E as mulheres? Alguém pensa em nós? E nas crianças mal-concebidas como consequência de uma violação? Não, não estás lendo a trama de um filme de terror de próxima estreia; é mais um fruto divino que está tentando amadurecer dos evangélicos.

Escolher pagar bolsa estupro às mulheres em lugar de investir em educação sexual para acabar com as violações, é uma opção ideológica. Vocês são conscientes que se está optando por uma sociedade de mulheres abusadas e crianças não desejadas? Isso é um terrível retrocesso na luta do Movimento Feminista! O Brasil era um dos poucos países do mundo, em que uma mulher estuprada não necessitava demonstrá-lo, sua palavra era suficiente para poder abortar legalmente. Em lugar de pensar na dor que um estupro ocasiona, o que se quer é que nós, mulheres, fiquemos presas à vida toda a esse terrível momento! Uma volta a Idade Média!

O incompreensível, se é que é possível tentar entender esse HORROR, é que a mesma Comissão de Finanças diga que não há dinheiro para educação deixando as professoras com um salário insignificante que está perto dos R$ 1.200,00, porém, para dar via livre ao estupro, sim há dinheiro???? Façamos números. Brasil, que acaba de ganhar o 7º lugar do ranking mundial em violência contra as mulheres, tem um estupro a cada 10 minutos.  Isso significa 144 estupros diários, vezes 365 dão 52.560 estupros por ano. Se pensarmos “positivamente”, no caso de que só duas mulheres ficassem grávidas por dia, isso dá 730 salários mínimos a pagar durante 18 anos. Um cálculo estimado em R$ 88.300.800,00. Essa conta aproximada seria só o primeiro ano, porque no segundo se somarão as novas mulheres estupradas e assim no terceiro e no quarto e no quinto, até chegar a 18 anos em que se “nivelaria”. Alguém pensou na soma, para mim abstrata, de quanto dinheiro significa esse horror? Em lugar de investir em educação, indústrias, melhorar estradas, o Brasil opta por investir em estupros, em manutenção da violência!!
                                                                                                                    marian pessah - artivista


Convocatória. Para todas aquelas pessoas que estejam com a digna raiva, nos estaremos reunindo no Parque da Redenção, neste sábado 15, as 15 hs. Vamos com a indignação às ruas, essa não é a sociedade que nós desejamos.  Vamos defender os nossos sonhos de mulheres livres e autônomas!!
Nem um passo atrás! Dois a frente e punhos ao alto!



Brasil decide invertir en violaciones





La semana pasada, la Comisión de Finanzas de Brasil, aprobó un sustituto al proyecto que crea el Estatuto do Nascituro. Ese punto previene el derecho al pago de pensión por el Estado a las/los niñas/os concebidas/os a partir de una violación, caso el “padre” – el violador– no pueda asumir los gastos, o no fuera identificado. Pensión por abuso, beca violación: un proyecto insalubre.

Con esta nueva ley, cada mujer violada y que quede embarazada, para que no aborte el Estado le pagará el equivalente a un salario mínimo hasta que la/el hija/o complete los 18 años. También está prevista la posibilidad de que el violador reconozca la hija/o y sea el feliz papá quien banque los gastos. ¡¿Y las mujeres?!  ¿Alguien piensa en nosotras? ¿Y en las/os niñas/os mal-concebidas/os como consecuencia de una violación? No, no estás leyendo la trama de un film de terror de próximo estreno; es un nuevo fruto divino que está intentando madurar de los evangélicos.

Elegir pagar beca violación a las mujeres en lugar de invertir dinero en educación sexual para acabar con las violaciones, es una opción ideológica. ¿Ustedes son conscientes que se está optando por una sociedad de mujeres abusadas y crianzas no deseadas? ¡Eso es un terrible retroceso en la lucha del Movimiento Feminista! Brasil es uno de los pocos países del mundo en que una mujer violada no necesita demostrarlo, su sola palabra es suficiente para poder abortar legalmente en cualquier hospital público. En lugar de pensar en el dolor que un acto tan violento ocasiona, ¡lo que se quiere es que nosotras nos quedemos presas de por vida a este terrible momento! ¡Una vuelta a la Edad Media!

Lo incomprensible, si es que es posible intentar entender este HORROR, es que la misma Comisión de Finanzas diga que no hay dinero para educación dejando a las profesoras con un sueldo insignificante, próximo a los R$ 1.200,00 (U$S 600), no obstante, para dar vía librea las violaciones, sí, hay dinero???? Hagamos números. Brasil, que acaba de obtener el  7º lugar del ranking mundial en violencia contra las mujeres, tiene una violación a cada 10 minutos.  Esto significa 144 violaciones diarias, multiplicadas por 365 dan 52.560 violaciones al año. Si pensamos “positivamente”, en el caso de que solo dos mujeres quedaran embarazadas por día, serían necesarios 730 salarios mínimos a pagar durante 18 años. Un cálculo estimado en R$ 88.300.800,00 (U$S 44.150.400). Esta cuenta aproximada sería solo el primer año, porque al segundo se le sumarían nuevas mujeres violadas y así al tercero y al cuarto y al quinto, hasta llegar a los 18 años en que se “nivelaría”. ¿Alguien pensó en la suma, para mí abstracta, de cuánto dinero significa este HORROR? En lugar de invertir en educación, hospitales, industrias, mejorar carreteras; Brasil opta por invertir en violaciones, ¡¡en la manutención de la violencia!!

                                                                                                  marian pessah - (h)artivista



lunes, 20 de mayo de 2013

Marina = Feliciano

lembrem na hora de votar
Marina = Feliciano

matéria do Jornal do Comércio, quinta-feira 16 de maio 2013

jueves, 16 de mayo de 2013

sobre a página web

IMPORTANTE!!
já não temos página web, só temos esta bloga

as rebeldes com causa

martes, 30 de abril de 2013

encontros temáticos


          Oi pessoal! Tanto tempo! Tudo bem?



          Estamos pensando uma nova proposta: encontros temáticos. Para começar temos um assunto tão polêmico quanto interessante: os relacionamentos e o amor livre, libertário, ou a Ruptura da Monogamia Obrigatória. Tantas vezes nos descobrimos conversando sobre este tema tão controvertido e necessário para quem deseja uma outra sociedade. Achamos importante conversá-lo e trocarmos figurinhas, assim como reconhecermos as nossas referências do passado. É por isto que estamos propondo, como pontapé inicial, uma carta da Pagu escrita em 1940. Este texto nos deixa com alguns interrogantes: todos os relacionamentos tem que estar, necessariamente, atravessados por outros relacionamentos? Para romper a monogamia obrigatória é necessário, sempre, estar com outras pessoas? Qual é a linha tênue que separa os avanços da submissão?  Estamos propondo conversar sobre estas e outras perguntas geradas pelo texto-carta da Patrícia Galvão.

                                      Quando? Nesta quinta-feira 2 de maio, 19.00 hs

                                      Onde? No Comitê Latino-Americano, Rua Vieira de Castro, 133

        Aparece aí assim nos nutrimos e alimentamos entre todas com as nossas ideias, vivencias e pensamentos. Depois da reunião podemos ficar tomando uma cerveja e comendo as ricas empanadas que nos oferece o Comitê.

                                    Abraços feministas e rebeldes

Paixão Pagu


                 Trecho extraído do livro Paixão Pagu, autobiografia precoce de Patrícia Galvão





Oswald já era quase um hábito. Nas semanas que precederam nosso casamento, ele foi quase uma necessidade. Mesmo dentro da palhaçada dos proclamas, eu distingui o carinho na preparação de nossa vida. Acreditei numa aproximação mais intensa, num laço mais profundo de sentimento. Era mais nítida a possibilidade de realização do meu desejo de lar e de ternura.
Na véspera de nosso casamento, fui a Penha, encontrar Oswald no Terminus. Era muito cedo. Eu ia deslumbrada pela manhã e emocionada por meus sentimentos novos. Era quase amor. Era, em todo caso, confiança na vida e nos dias futuros. Havia em mim uma criança se formando... Beijei o ar claro. Foi uma oração a que proferi pelas ruas.
Cheguei ao quarto de Oswald. Não havia ninguém. Um criado do hotel me indicou outro quarto. Bati. Oswald estava com uma mulher. Mandou-me entrar. Apresentou-se a ela como sua noiva. Falou de nosso casamento no dia imediato. Uma noiva moderna e liberal capaz de compreender e aceitar a liberdade sexual. Eu aceitei, mas não compreendi. Compreendia a poligamia como consequência da família criada em base de moral reacionário e preconceitos sociais. Mas não interferindo numa união livre, a par com uma exaltação espontânea que eu pretendia absorvente.
Mas fingi compreender. A intoxicação amoral já impedia minha naturalidade. O medo do ciúme exposto. A falta de coragem da debilidade provocou a primeira atitude falsa, um sorriso complacente para as primeiras decepções. Tomamos café juntos, os três. A mulher, surpreendida no início, acalmou-se. E coloquei no alicerce da vida que íamos constituir a primeira estaca de simulação. Eu me dispus a lutar contra os preconceitos de posse exclusiva.

martes, 5 de marzo de 2013

8 de março


Primeiro em língua argentina

8 de Marzo mujeres en el poder, o el poder de las mujeres

o… cómo romperle el patriarcado al sistema

marian pessah[1]




     El mundo no va a cambiar el día que las mujeres[2] lleguemos al poder, sino el día que las mujeres tomemos consciencia que YA estamos en el poder.

     Para desarrollar esta idea tendríamos que discutir varias cosas, entre ellas, qué significa poder, y qué tipo queremos, si el sustantivo, el verbo, o la acción. Mientras tanto, me quedo pensando que las mujeres somos el 94% de las profesorAs de la “educación formal”, también, pienso en el papel relevante que tienen las madres en este patriarcado capitalista. PAREMOS. Detengamos un momento las rotativas y pensemos. BASTA de reproducir violencia, opresión, sumisión, sí señor. Vamos a producir nuestro mundo, a enseñarlo y transmitirlo, tenemos todas las herramientas en nuestras manos, ¿o no estamos YA en los lugares en que se enseña a vivir y se transmiten las reglas del juego de la vida? ¿Quién pasa más tiempo con lxs niñxs en las guarderías, en las escuelas, universidades, en las casas? ¿Cómo es que les seguimos cuidando y criando sus hijxs al patriarcado? ¡Qué locura!, ¿qué clase de dispositivo nos han metido en la cabeza? Somos las mujeres quienes estamos criando a los futuros hombres violentos y feminicidas. ¿Se dieron cuenta? ¡Paremos las máquinas! Es hora de DESOBEDECER.

      Entendámonos: llegar al poder por la vía electoral significa que nos sigan domesticando y acomodando a su imagen y semejanza. ¿Más aún? Es llegar al centro de la corrupción y poder manejar las máquinas que lavan las cabezas. Tomemos consciencia e impulso del poder que tenemos YA, HOY en nuestras manos. La revolución se hace en las casas, en las camas, en las calles y en las escuelas. Unámonos a una otra educación popular, al poder popular consciente y con consciencia, sólo así le romperemos el patriarcado al sistema.

Deseo que el 8 de marzo sea un abridor de consciencias, con flores y árboles que tengan los pies en la tierra, y nosotras, la lucha y los puños en alto.


Ahora  en lengua brasilera

8 de Março mulheres no poder ou... o poder das mulheres

marian pessah[3]



O mundo não vai mudar no dia que as mulheres[4] cheguemos ao poder  mas no dia em que as mulheres tomemos consciência de que JÁ estamos no poder.


Para desenvolver esta ideia teríamos que discutir várias questões, entre elas, o que significa poder e que tipo queremos, se o substantivo, o verbo, ou a ação. Fico pensando que as mulheres somos 94% das professorAs da “educação formal”, também penso no papel relevante que têm as mães neste patriarcado capitalista. CHEGA. Vamos deter as máquinas do sistema por um momento e pensar. BASTA de reproduzir violência, opressão, submissão, sim senhor. Vamos produzir nosso mundo e transmiti-lo, temos todas as ferramentas em nossas mãos, ou JÁ não estamos nos lugares em que se ensina a viver e onde se transmitem as regras do jogo da vida? Quem passa mais tempo com as crianças nas creches, nas escolas, nas universidades, nas casas? Como é que seguimos cuidando e criando xs filhxs do patriarcado? Que loucura! Que tipo de dispositivo nos meteram na cabeça? Somos as mulheres quem estamos criando os futuros homens violentos e feminicidas. Já se tocaram disso? CHEGA!! É hora de DESOBEDECER.

Vamos nos entender: chegar ao poder pelas urnas significa que continuem a nos domesticar e que nos construam a imagem e semelhança dos patriarcas . Mais ainda? É chegar ao centro da corrupção e poder dirigir as máquinas que lavam as cabeças. Vamos tomar consciência e impulso do poder que JÁ temos HOJE em nossas mãos. A revolução se faz nas casas, nas camas, nas ruas e nas escolas. Vamos nos unir a uma outra educação popular, ao poder popular consciente e com consciência, só assim poderemos criar fissuras profundas e irreparáveis no sistema patriarcal.

Desejo que o 8 de março seja um abridor de consciências, com flores e árvores que tenham os pés na terra e, nós mulheres, na luta e os punhos em alto.




[1] marian pessah – (h)artivista  - grupo Mulheres Rebeldes - http://radicaldesdelaraiz.blogspot.com.br/  /                          marianapessah@yahoo.com.br

[2] Hablo de las mujeres en plural porque somos muchas y diferentes. Cuando hablamos de LA mujer, en el imaginario colectivo se dibuja el modelo de mujer blanca, heterosexual, clase media, monogámica y…sumisa. Al nombrarnos en plural, dejamos la puerta abierta a todas las posibilidades, inclusive, a quienes no nos identificamos como mujeres sino como lesbianas.

[3] marian pessah – artivista  - grupo Mulheres Rebeldes - http://radicaldesdelaraiz.blogspot.com.br/  /                          marianapessah@yahoo.com.br

[4] Refiro-me às mulheres em plural porque somos muitas e diferentes. Quando falamos dA mulher, no imaginário coletivo se desenha o modelo da mulher branca, heterossexual, classe media, monogâmica e…submissa. Na hora que somos nomeadas em plural, deixamos a porta aberta a todas as possibilidades, inclusive, a quem não se identifica como mulher e sim como lésbica.