lunes, 10 de agosto de 2009

em rebeldia - da bloga ao livro

C O N V I T E

Olá pessoas!
Como estão? Nós estamos radiantes, felizes, saltando em um, dois e três pés; pois estamos lançando em Porto Alegre a nossa produção em rebeldia – da bloga ao livro. É a nossa filhota e 1º livro do grupo mulheres rebeldes.

O que? Lançamento do livro
Onde? Na Bamboletras!! No centro comercial Nova Olaria
rua Lima e Silva, 776- loja 03

Quando?
Na sexta-feira 14 de agosto - 19,00 horas.
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Prólogo

Estamos radiantes, felizes, saltando em um, dois e três pés por voltar a encontrar com vocês. Durante os anos 2006 e 2007 fizemos uma bloga que chamamos EN REBELDÍA. Além de ser um pouquinho nossa filhota, era um espaço de luta e de expressão, de contato com a rebeldia necessária e com nossas companheiras da América Latina e do Caribe – também necessárias.
Primeiro semanalmente e depois quinzenalmente subimos rigorosamente um texto e um editorial. Nesse espaço a gente palpitava –em todos os sentidos- sobre tudo o que ocorria na Argentina, no Brasil ou no mundo. Não seguíamos regras e isso era maravilhoso.
E por que deixamos de fazer a bloga se tanto prazer nos dava?
Certo dia o sistema ordenador se incomodou e gritou BASTA! Daqui vocês não passam! E nos fechou suas portas. Blogspot se cansou de nossas rebeldias, pensamentos, gritos, reclamações e festas. Deixou de nos reconhecer (a senha) e apagou nosso e-mail que havia obrigado a criar. Persistimos e criamos um novo endereço no qual acrescentamos um tracinho no meio. Como já estávamos na lista das non gratas, “ele” nem sequer se ocupou de exigir uma conta de gmail; diretamente não nos reconhecia mais (nossa senha).
Foi muito triste. Não tínhamos as ferramentas para fazer uma página web mas deu para perceber que nossas matérias se moviam. Recebemos respostas de Cuba a Ushuaia, passando por muitos rincões que nem imaginávamos, entre eles um e-mail situado a duas quadras de nossa casa.
Se isso não tivesse acontecido, quem sabe hoje não estaríamos aqui, com vocês, dentro destas folhas de papel que dão coceira no nariz.
Com medo de que todo este trabalho ficasse perdido nas profundezas de alguma memória rígida, nos sentamos no micro e elaboramos um projetinho. Foi assim que desenvolvemos este novo formato de organização dos textos em um livro.
Nosso objetivo era (e é) contribuir para a circulação do pensamento crítico de todas aquelas lutadoras, que tenham em comum o desejo de promover uma transformação radical, a partir de uma visão feminista da sociedade. Um pensamento que necessariamente nos leve à ação, absorva experiências, retorne para transformar o primeiro pensamento e assim sucessivamente.
Como linha que adotamos desde 2004, ano em que nasce nosso grupo MULHERES REBELDES, sustentamos convictamente a idéia de que não se pode pensar nem com o estômago, nem com a cabeça vazios/as. Por isso a gente propunha periodicamente o que chamamos de ricos e variados pratos para fazer pensar a todas. Quando a ideología Kontestaria não está presente quem preenche o vazio é a dominante, aquela que expressa a ideologia dos opressores.
Também não acreditamos em idiomas colonizadores. A linguagem muta, se transforma e reflete o que e como pensamos; geramos uma instância em que adaptamos nossa linguagem a nossa ação. Sempre escrevemos de forma bilingüe e todos os textos estão em argentino e brasileiro. Ao longo desses anos, também tivemos textos em língua colombiana, boliviana, mexicana, chilena e até espanhola.
No começo nos entusiasmou a idéia da bloga porque nos sentíamos um pouco solitárias em Porto Alegre e, dada nossa luta internacionalista, queríamos compartilhar e debater com outras mulheres e lesbianas que habitam outros oásis espalhados pela AMLAC. Acreditamos que este suporte nos brindaria com a possibilidade de intercâmbio, de difundir fácilmente notas e receber mensagens. Era demasiado perfeito para dar certo.
Em 4 de agosto de 2006, no primeiro editorial dizíamos “Na medida do possível, após ler os textos, deixe sua opinião por escrito. Pode ser uma palavra, frase, páragrafo. Se a inspiração for tão grande que gere um novo texto, pode enviá-lo por mail, aí poderemos também subir seu texto”.
Vocês poderão verificar que antes de cada texto que buscamos e traduzimos com todo nosso amor e nossa rebeldia, sempre subíamos um editorial. Ainda que para esta publicação a gente tenha feito um trabalho de edição desse material, passagem necessária entre o cyber espaço e um livro, deixamos algumas partes que, mesmo parecendo muito conjunturais, consideramos muito representativas. Em parte para poder recordar os velhos tempos, para comentar: lembra vizinha, quando acontecia tal coisa! De outra parte para constatar uma vez mais, que o passatempo favorito de Deus, é o boomerang. Lança os fatos permanentemente, muda os nomes e muito poucas coisas se modificam.
Mas quem traz acesa a chama revolucionária desenvolve a astúcia de ir desfazendo os caminhos, tramando novos e, sobretudo porque nos encanta transformar boomerangs en dardos envenenados.
Te convidamos a sair do cyber espaço e entrar de cara no papel. Agora sim vamos voltar a usar o velho lápis preto, fazer todas as marcar que quisermos, e até levar o livro, meio amassadinho, na mochila para ler no ônibus. Quem sabe, na mesa de algum café, poderemos até derramar algumas gotinhas ao folhear ansiosamente suas páginas para encontrar aquela frase que tanto queria mostrar para alguém. Vamos curtir por algumas horas todos os prazeres esquecidos da palavra impressa!
Agora vamos elevar juntas nossas taças e saúde! Nos estamos rebelando! Estamos em estado de constante rebeldia!
marian pessah y clarisse castilhos





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