jueves, 10 de diciembre de 2009

♀ Encontro Autônomo entre feministas ♫


a mão e os olhares mostram que, infelizmente, ficaram companheiras fora da foto, teve 45 mulheres inscritas.

Porto Alegre 28 e 29 de novembro

A gente não quer muito, a gente quer tudo.
primero en lengua brasilera

Faz uns meses, tivemos a idéia de fazer um seminário para o 25 de novembro – dia de combate a violência contra as mulheres. Conforme foram passando os dias, deu para perceber que o que a gente queria mais se parecia a um encontro do que a um seminário, no qual algumas convidadas falassem desde uma mesa, e as outras escutassem.
Tínhamos a presente a referência do
EFA – Encontro Feminista Autônomo realizado na cidade do México em março de 2009 – e assim fomos construindo autonomia e horizontalidade entre todas.
Nesse processo, foi muito importante a participação e o debate que se deu na coletiva
MULU - Mulheres em luta.
Aí decidimos que cada uma de nós escolheria se iria falar como participante de um grupo, ou a partir de suas própria experiências e vivências. Muitas vezes, no contexto de um encontro, saem muitas coisas de nossas vivências pessoais que podem - e assim aconteceu – ser compartilhadas e encontrar o seu espaço no polítiko.
Tudo isto gerou perguntas tais como: se a vivência é minha, mas eu estou representando um grupo, será que dá para relatar?
Assim, fomos aprendendo muito já desde a construção do encontro, que foi também uma festa polítika onde, parafraseando a Emma Goldman, conseguimos dançar nesta revolução.
Depois do encontro, se escutavam comentários de que tudo tinha rolado tão na calma, e na boa, que as coisas fluíam... Isso nos “devolve” os frutos de tanto trabalho prévio das mulheres rebeldes, nos seus quase 6 anos de existência, mais os novos momentos que o grupo tem vivido no último ano, com reuniões de estudo e muita conversa, contribuíram com muitas ferramentas para o debate, e para a construção do encontro.

Somos autônomas porque não queremos partidos, queremos inteiros.

Quando estávamos construindo esse espaço, algumas companheiras colocaram a necessidade de construir uma instância em que os (seus) companheiros pudessem vir para entender um pouco mais o “tal” do feminismo.
Isso se uniu com a intervenção que pensamos fazer numa igreja desde o MULU. Por isso, no segundo dia, abrimos duas horas para que os companheiros participassem do debate sobre o encontro e sobre a atividade que fizemos em conjunto, na manhã de domingo, com eles.
Foi interessante o desafio, os nossos amigos e companheiros de luta, entenderam que era sua prioridade estar conosco nesta construção.


O encontro
Não queremos as (des) igualdades deste mundo, lutamos pela libertação de toda a humanidade.

O sábado chegou. Algumas ansiedades ainda nos acompanhavam ao respeito do que iria acontecer, quantas mulheres participariam. Quando chegamos, espontaneamente dividimos as tarefas. Começamos a arrumar o espaço e colocar a nossa cara, isso implicava em pendurar nas paredes a exposição coletiva de fotografias, colocar nossos materiais gráficos e livros, dar uma retocada na limpeza de banheiro e sala, colar papéis nas paredes para o registro de frases e observações que foram surgindo durante as conversas. Acender incenso. Receber as compas que estavam chegando. Registrar tudo, nas almas e em fotografias.

Começamos com um pequeno sarau, com as nossas frases de força, de luta. Em seguida, abrimos os debates, primeiramente sobre as lutas camponesas, depois sobre as lutas urbanas.
Aconteceram debates e intercâmbios muito ricos. Vimos que há diferenças, mas também, muitas coincidências que nos permitem trabalhar e nos organizar conjuntamente. Vimos também que ficam muitas perguntas que só na prática iremos respondendo.

Que hajam mulheres presidentas, senadoras ou deputadas, não é essa a cenoura que movimenta nossas ações. Mas o combate contra a existência de cada vez mais mulheres estupradas, assassinadas; que o agronegócio que empobrece as populações mais pobres - sobretudo as mulheres-, exista e se “naturalize” como uma saída possível, são sim os nossos alvos de luta.

Depois, continuamos num bar, com cervejinhas bem frias.

No domingo, bem cedo nos encontramos em casa de uma companheira para fazer a intervenção numa igreja. A idéia era modificar o cotidiano, interpelar as pessoas que passivamente continuam acatando a violência cotidiana sem fazer nada, demonstrar que a religião é conivente com a violência exercida pelo patriarcado sobre as mulheres, seja por se colocar contra o aborto, seja por sempre estar do lado dos espancadores.
Treze mulheres nos maquiamos como se tivéssemos apanhado e fomos assim à missa das 10,00 horas, numa igreja das mais concorridas da cidade. Depois da comunhão, antes de que as pessoas se retirassem, nós fizemos um desfile, pelo corredor central, que representava mulheres espancadas.
Ao final da “procissão” um companheiro gritou para o pessoal que assistia à missa:
“Ficarás sob o poder do teu marido, e ele te dominará”. Gênesis III, 16.

De tarde continuamos os debates. Nas primeiras duas horas, os compas homens eram bem-vindos. Sentimos pena de ver que os mais interessados em que abríssemos o espaço estivessem ausentes. Será a síndrome da porta fechada?

Alguns homens dos movimentos sociais, freqüentemente acusam as mulheres de divisoras das lutas quando, por exemplo, organizamos um encontro só para mulheres. Também recebemos “criticas construtivas” que dizem que desse jeito nunca vamos avançar, em lugar de se perguntar, e escutar, o porquê dessa necessidade.
Na última parte, falamos da construção e olhamos pra frente.
Onde estamos as mulheres? Onde estivemos na história? Da necessidade de construção da memória a partir de nossa visão. Falamos na possibilidade de gerar espaços, justamente para não continuar com uma História mais silenciada que silenciosa.


Frases que foram sendo anotadas nos papéis pardos durante os dois dias do encontro:

- Queremos questionar o sistema a partir daqui
- Quando entrei na igreja, a luta entrou em mim (em referencia a intervenção realizada no domingo de manhã)
- Nós queremos questionar o PODER. O que é, para que serve.
- Linguagem
- Mídia → reproduzindo violência
- Luta direta contra o capital
- Luta invisibilizada
- Luta a partir do cotidiano das mulheres- Coerência cotidiana
- Tomar o poder (empoderamento) a partir do cotidiano
- Luta → uma questão de necessidade
- Fortalecimento das mulheres - Mulheres em cena
- Desobediência coletiva
- De onde não se espera estão surgindo os maiores ruídos
- Radicalizar a luta
- Conflito gera mobilização
- Surgir da luta
- Histórias silenciadas
- Relações gênero x feminismo
- De onde não se esperava estão surgindo os maiores ruídos
- Quem representa o Capital/Patriarcado?
- Articulação de mulheres urbanas
- Estratégias entre mulheres - Elo de confiança - Assumir as diferenças
- Cidades: “solteiras” → Família e patriarcado introjetado.
- Tortura viver em casa : periferia.
- Estética – consumo – plástica - modelagem – domesticação.
- Luta

Espaços
/ \
Público Privado
- Terra, trabalho, teto, educação.
- Trabalho com a memória para não esquecer e não perdoar
- Memória Histórica
- Capacidade de pensamento
- Aborto livre
- Romper com o que aprisiona
- Capital X Patriarcado

O conflito gera mobilização ♪

ahora en lengua argentina

♀ Encuentro Autónomo entre feministas ♫

Porto Alegre 28 y 29 de noviembre
mirá las fotos

Nosotras no queremos mucho, lo queremos todo.

Hace unos meses, tuvimos la idea de hacer un seminario para el 25 de noviembre – día internacional de lucha contra la violencia hacia las mujeres. Conforme fueron pasando los días, percibimos que lo que en realidad queríamos se parecía más a un encuentro que a un seminario, en el que algunas invitadas hablasen desde una mesa, y las otras escuchasen desde sus asientos.

Teníamos presente la referencia del
EFA – Encontro Feminista Autônomo realizado en la ciudad de México en marzo de 2009 – y así fuimos construyendo autonomía y horizontalidad entre todas.
En este proceso, fue muy importante la participación y el debate que se dio en la colectiva MULU - Mujeres en Lucha.
Ahí decidimos que cada una de nosotras iba a elegir si hablaba como representante de su grupo, o a partir de sus propias experiencias y vivencias. Muchas veces, en el contexto de un encuentro, salen muchas cosas de nuestras vivencias personales que pueden - y así sucedió – ser compartido y encontrar su espacio en lo polítiko.
Todo esto generó preguntas tales como: si la vivencia es mía, pero yo estoy representando un grupo, ¿será que da para contarla?
Y fue así como fuimos aprendiendo mucho ya desde la construcción del encuentro, que fue también una fiesta polítika donde, parafraseando a Emma Goldman, conseguimos danzar en esta revolución.
Después del encuentro, se escuchaban comentarios de que todo había salido sobre ruedas, que las cosas fluían... Estos son los frutos de tanto trabajo previo de las mulheres rebeldes, en los casi 6 años de existencia, con el plus de los nuevos momentos que el grupo ha vivido en el último año, con reuniones de estudio y mucha charla, contribuyeron con muchas herramientas para el debate, y para la construcción del encuentro.

Somos autónomas porque no queremos partidos, queremos enteros.

Cuando estábamos construyendo este espacio, algunas compañeras plantearon la necesidad de armar una instancia en la que los (sus) compañeros pudieran venir para entender un poco más ese “tal” de feminismo.
Esto se unió con la intervención que pensamos hacer en una iglesia desde MULU. Por eso, en el segundo día, abrimos dos horas para que los compañeros participasen del debate sobre el encuentro y sobre la actividad que hicimos juntamente, la mañana del domingo, con ellos.
Fue interesante el desafío, nuestros amigos y compañeros de lucha, entendieron que era su prioridad estar con nosotras en esta construcción.



El encuentro
No queremos las (des) igualdades de este mundo, luchamos por la libertación de toda la humanidad.

Y el sábado llegó. Algunas ansiedades todavía nos acompañaban, con respecto a lo que iría a suceder, cuantas mujeres vendrían. Cuando llegamos, espontáneamente se hizo la división de tareas. Comenzamos a arreglar el espacio y darle nuestra cara, esto era colgar en las paredes la exposición colectiva de fotografías, colocar nuestros materiales gráficos y libros, dar una retocada en la limpieza de baño y sala, poner los papelógrafos en las paredes para el registro de frases y observaciones que irían surgiendo durante las conversaciones. Encender incienso. Recibir a las compas que estaban llegando. Registrarlo todo, en almas y cámaras de fotografías.

Comenzamos con poesías; con nuestras frases de fuerza, de lucha. Previamente, habíamos invitado a que quien quisiera traer cosas para compartirlas, y así fue. En seguida, abrimos los debates, primeramente sobre las luchas campesinas, después sobre las luchas urbanas.
Sucedieron debates e intercambios muy ricos. Vimos que hay diferencias, pero también, muchas coincidencias que nos permiten trabajar y organizarnos conjuntamente. Vimos también que quedan muchas preguntas que solo en la práctica iremos respondiendo.

Que haya mujeres presidentas, senadoras o diputadas, no es esa la zanahoria que hará mover nuestras acciones. Pero el combate constante a la existencia de, cada vez más, mujeres violadas, asesinadas; que el agronegocio que empobrece a las poblaciones más pobres – sobre todo a las mujeres-, exista y se “naturalice” como una salida posible, estos sí son nuestros blancos de lucha.

Después, continuamos en un bar, con cervecitas bien frías.

El domingo, bien temprano nos encontramos en casa de una compañera para hacer la intervención en una iglesia. La idea era modificar el cotidiano, interpelar a las personas que pasivamente continúan acatando la violencia cotidiana sin hacer nada, demostrar que la religión es consecuente con la violencia ejercida por el patriarcado sobre las mujeres, sea por colocarse contra el aborto, sea por estar del lado de los golpeadores.

Trece mujeres nos maquillamos como si hubiéramos sido golpeadas y así fuimos a misa de 10.00, en la iglesia más concurrida de la ciudad. Después de la comunión, y antes de que las personas comenzaran a retirarse, hicimos un desfile, por el corredor central.
Al final de la “procesión” un compañero gritó para la gente que asistía a misa: “Estarás bajo el poder de tu marido, y él te dominará”. Génesis III, 16.

De tarde continuamos los debates. En las primeras dos horas, los compas hombres eran bien-venidos. Sentimos pena de ver que los más interesados en que se abriera el espacio estuvieron ausentes. ¿Será el síndrome de la puerta cerrada?

Algunos hombres de los movimientos sociales, frecuentemente acusan a las mujeres de divisoras de las luchas cuando, por ejemplo, organizamos un encuentro solo para mujeres. También recibimos “críticas constructivas” que dicen que de esta forma nunca vamos a avanzar, en lugar de preguntarse, y escuchar, el por qué de esta necesidad.
En la última parte, hablamos de la construcción y miramos hacia adelante.

¿Dónde estamos las mujeres? ¿Dónde estuvimos en la historia? Planteamos la necesidad de construcción de la memoria a partir de nuestra visión. Se colocó la posibilidad de generar espacios, justamente para no continuar con una Historia más silenciada que silenciosa.


Frases que fueron siendo anotadas en los papelógrafos durante los dos días del encuentro:

- Queremos cuestionar el sistema a partir de aquí
- Cuando entré en la iglesia, la lucha entró en mí (en referencia a la intervención realizada el - domingo de mañana)
- Nosotras queremos cuestionar el PODER. Qué es, para qué sirve.
- Lenguaje
- Prensa → reproduciendo violencia
- Lucha directa contra el capital
- Lucha invisibilizada
- Lucha a partir del cotidiano de las mujeres - Coherencia cotidiana
- Tomar el poder (empoderamiento) a partir de lo cotidiano
- Lucha → una cuestión de necesidad
- Fortalecimiento de las mujeres - Mujeres en escena
- Desobediencia colectiva
- De donde menos se espera, están surgiendo los mayores ruidos
- Radicalizar la lucha
- Conflicto genera movilización
- Surgir de la lucha
- Historias silenciadas
- Relaciones género x feminismo
- ¿Quién representa el Capital/Patriarcado?
- Articulación de mujeres urbanas
- Estrategias entre mujeres – Eslabón de confianza - Asumir las diferencias
- Ciudades: “solteras” → Familia y patriarcado internalizado.
- Tortura vivir en casa : periferia.
- Estética – consumo – plástica - modelado – domesticación.
- Lucha

Espacios
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Público Privado
- Tierra, trabajo, techo, educación.
- Trabajo con la memoria para no olvidar y no perdonar
- Memoria Histórica
- Capacidad de pensamiento
- Aborto libre
- Romper con lo que aprisiona
- Capital X Patriarcado



El conflicto genera movilización ♪

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