O Brasil está vivendo um momento
histórico, façamos que ele seja também herstórico.
Vamos às ruas!!
Em 1789 a Revolução Francesa não contemplou às mulheres,
quando saiu “A declaração dos direitos do homem e do cidadão”, as mulheres não
estávamos nele, foi por isso que a inteligente ativista e feminista Olympe de
Gouges escrevera “A declaração dos direitos da mulher e da cidadã”.
É um bom momento para nos visibilizarmos e colocar junto as
nossas pautas feministas como é o caso do Estatuto do Nasciturno do que poucas
pessoas falam hoje, também a horrorosa chamada “Cura GAY” que também é lésbica
e trans.
Vamos às ruas!!
Nos encontramos hoje quinta-feira 20 as 17.00 hs na porta do MARGS
Abraços rebeldes
Não é pelo 0,20
- · É pelo lucro no transporte
- · Pelos hospitais precários
- · Poucas vagas nas universidades
- · Salários miseráveis das professoras
- · Pela cura GAY???
- · Investimento em estupros???????? Fora o Estatuto do Nasciturno!!!!!!!
Quer mais?
2 comentarios:
Fascistas, Fascistas! Não passarão!!!
Acabo de voltar da passeata na Av. Paulista, convocada pela direção nacional do PT. Éramos não mais de 200 militantes.
Quando cheguei à concentração, na Av. Angélica, vi que talvez não conseguíssemos caminhar nem 100 metros... O ódio dos que estavam na Paulista e que ocupam as ruas há dias era total. Mas esse ódio não era direcionado apenas ao PT. Era contra qualquer bandeira, qualquer movimento social organizado. A CUT estava presente. O Movimento Passe Livre. E a UNE também.
Durante a passeata, várias bandeiras foram atacadas, rasgadas e queimadas sob gritos de "Fora PT, vai tomar no cu!", "o povo acordou", "oportunistas" e, last but not least, "mensaleiros"!!!
Desde o início, foi necessário formar um cordão humano para "proteger" o final da passeata. Às vezes, formava-se um cordão também na lateral.
Os ataques acompanharam toda a passeata. Fomos vaiados na maior parte do tempo (por milhares, milhares de manifestantes). O silêncio só veio quando cantamos um trecho do hino nacional. Também gritávamos: "Sem violência", "Democracia", "Vem pra rua, vem contra a tarifa", "olha que loucura, contra partido, parece ditadura" e "R$ 3 não dá, contra a tarifa, é passe livre já".
Durante o trajeto, tentaram invadir a passeata, ameaçaram, provocaram, partindo para a agressão, xingando o tempo todo. Foi tenso. Deu um medo danado.
Um dos gritos que se expandia com muita facilidade, espalhando-se pela Paulista, era: "O povo unido não precisa de partido". Enquanto gritavam, as pessoas, que ocupavam as laterais da avenida, colocavam os braços para cima, em gesto típico do nazismo/fascismo.
Seguimos até o Masp. Não sei nem dizer como conseguimos. Nessa hora, os gritos de "abaixa a bandeira" tornaram-se cada vez mais fortes. E os ataques também. Chutes e ameaças, de um grupo de "carecas" e fortões, que seguiu a passeata durante todo o trajeto, tornavam a cena totalmente assustadora.
Na altura da estação Trianon-Masp fomos cercados. A passeata tornou-se, praticamente, um cordão humano, de um lado e de outro. Começaram a jogar rojões em cima da gente e bolas de papel com fogo.
Nessa hora, correram avisos para que a gente guardasse as bandeiras. Eu, por exemplo, estava empunhando uma bandeira da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (acho que era isso) e desfilei o tempo todo enrolada numa bandeira do PT. Alguém pegou a bandeira da UEE e outro me avisou para tirar a bandeira do PT e guardar na mochila (para evitar linchamento e coisas do tipo, caso a passeata se dispersasse).
Para vocês terem uma ideia, eu estava compondo o segundo cordão no fim da passeata. Não foi nada fácil.
Nesse momento surgiu o grito: "Fascistas, Fascistas, Não Passarão!!".
O grito foi entoado em uníssono, com muita força. Embora o momento não fosse propício, cheguei a rir quando uma moça, que estava atrás de mim, soltou: "gente, não adianta gritar isso, eles não sabem o que é, vão achar que é só provocação e, ao que parece, somos minoria!!".
E éramos. Depois de alguns minutos, abaixamos as bandeiras, a passeata foi invadida. Dispersamos.
Voltei para casa, com a bandeira na mochila, pensando. Pensando muito. Lembrei do Allende.
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/06/20/xad-na-paulista-se-lembrou-do-allende/
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