Fotos : http://www.flickr.com/photos/mulheresrebeldes/
Para nós, mulheres rebeldes, organizar(nos) no dia da Visibilidade Lésbika, foi um aprendizado.
Fizemos parceria com outros coletivos Mentes Plurais e Corpos em Revolta. O primeiro é formado, em sua maioria por homens, principalmente meninos gays bem jovens. No outro predominam mulheres; meninas dissidentes sexuais. O aprendizado se deu em muitas dimensões, no respeito entre os diversos pensares e fazeres, no trabalhar em cima de idéias comuns (que são muitas, embora com abordagens e pontos de vista diferenciados), no trabalho coletivo, rebelde, plural e sempre em revolta.
Muito bakana mostrar para a população que, para exercer a visibilidade lésbika, não precisamos ser todas sapas, nem todas mulheres. Mas sim estar envolvidxs pessoal e polítika-mente na transformação social e na luta pela eliminação da misoginia.
O domingo foi emocionante porque para as mulheres que fazemos parte da revolução social, é comum falar em todas e todos, mas temos poucos exemplos ao contrario. Foi lindo quando a gente se perguntava como nos expresarmos, – é mais fácil escrever do que falar – e foi um dos meninos quem respondeu: hoje somos todas lésbikas, a letra “A” nos contempla.
Nós, mulheres rebeldes, já temos essa prática de nos associar polítikamente com outros grupos, somos todas negras, sem terra, hondurenhas, mapuches.
Queremos reconhecer/ criticar/ absorver a mudança das outras pessoas e coletivos, das novas gerações. Sabemos que a rebeldia a este sistema não nasce conosco. Desde muitos e muitos séculos, muitas mulheres vimos lutando, de maneiras diferentes, sozinhas ou coletivamente, contra o patriarcado. Como a gente conversava dias atrás, numa reunião rebelde, o feminismo nasce na hora em que nasce o patriarcado. Sempre existiu a rebeldia, o que não temos são registros porque isso sim depende do poder patriarcal.
Mas queremos ressaltar que sempre teve Marlis, pela vida que, mesmo fora do ativismo feminista, conseguiram dar uma educação libertária e criativa aos seus filhos homens. Uma educação que mantém a chama da rebeldia acesa, pelos questionamentos, pelo exemplo de vida e pela sinceridade contida nessa relação.
Sabemos que o machismo, a misoginia e a lesbofobia são culturais e tem pessoas que enxergam além do sexo e do gênero, que querem e trabalham para (des)aprender novos costumes. É junto a essas pessoas que queremos caminhar e, como falávamos entre alguma companheiras do grupo: quando a vida é coerente, mesmo no meio de situações duras e de sofrimento, a mente permanece ativa e criativa, feliz e o corpo quer dançar, expressar sua libido transformadora e prazerosa.
porque In mentes rebeldes, sempre haverá corpos plurais.
Próxima reunião rebelde sexta-feira (atenção! Excepcionalmente sexta-feira), 4 de setembro, na casa da Ramira.
Continuaremo a estudar as bruxas que nos antecederam: Flora Tristan (marian), Nísia Floresta Brasileira Augusta (ty), Olympe de Gouge (glau), Mary Wollstonecraf (Cris), Louise Michel (cla).
Fones : (51) 3333-3538 9239-1891 9253-4300
Apareçam, vamos sentir juntas o sabor da liberdade pois lutar pela liberdade, já é ser livre.
1 comentario:
y Mary Wolstonecraft - 'A vindication on the rights of womyn'? faltou esta. Achei maravilhosa a idéia do retorno às feministas da 1a onda!!!!! Genial! Também acredito que tem um aprendizado enorme a nos ensinar, sem contar o retorno ao classismo que se faz urgente ainda mais hoje. Aonde recorrer afinal, senão àquelas que estavam nas lutas combativas em pleno gás dos movimentos de trabalhadores do início do século?
Sobre 'somos todas lesbikas hoje', já leram: http://dialogoj.wordpress.com/2009/09/03/heterolesbo-feministas-lesboheterofeministas-la-cuestion-es-%c2%bfque-podemos-hacer-juntas/
?
Heterolesbo feministas lesboheterofeministas, la cuestión es ¿qué podemos hacer juntas? Por Jessie Blanco
abraços. Ação Feminista Curitiba. Postado por Jana.
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