14.000.000 hectares de reforma agrária popular
Imagens em : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157612974284591/
O Movimento de trabalhadorxs rurais Sem Terra e com terra acaba de cumprir seus primeiros 25 anos. Veio para demonstrar que é um movimento de garra e de luta.
Há pessoas que desistem, que se rendem a um sistema que corrompe, que deixam os seus sonhos derramados. Outras tem sangue nas veias, preferem correr todos os riscos para transformar este mundo. Muitas delas fazem parte deste grande MOVIMENTO.
O Movimento de trabalhadorxs rurais Sem Terra e com terra acaba de cumprir seus primeiros 25 anos. Veio para demonstrar que é um movimento de garra e de luta.
Há pessoas que desistem, que se rendem a um sistema que corrompe, que deixam os seus sonhos derramados. Outras tem sangue nas veias, preferem correr todos os riscos para transformar este mundo. Muitas delas fazem parte deste grande MOVIMENTO.
A sua luta iniciou com a bandeira da reforma agrária: conquistar terras improdutivas, trocá-las de mãos, libertá-las para que produzam alimentos para o povo, não lucros incontáveis para alguns privilegiados. Ao longo desse caminho foram inventando maneiras de sobreviver debaixo de intempéries, de construir lares, de trabalhar coletivamente. Foram sentindo a urgência de ampliar sua ação, estendendo os braços para as pessoas pobres que estão sufocadas pelo dia-a-dia da violência urbana, de cabeça baixa e quando encontram sua turma, erguem as costas e redescobrem a dignidade na luta e no trabalho.
Hoje milhares de pessoas foram assentadas e cultivam solidariamente produtos orgânicos e saudáveis; criam escolas onde estudam crianças que estavam condenadas ao semi-analfabetismo e à ignorância. Muitas mais estão organizadas em acampamentos que abrigam aquelxs que hoje poderiam estar sub-empregadxs, vivendo na periferia das grandes cidades. Essas conquistas são inumeráveis embora sejam apenas o início. Muito resta por fazer.
Hoje o MST não luta só pela terra, atua contra os predadores da vida, da humanidade e da natureza. As multinacionais do agronegócio, que impõem o monocultivo, que acabam com o equilíbrio ambiental, que invadem as pequenas propriedades e geram a miséria e o desemprego. Contra a elite brasileira que se mantém secularmente no poder, através de articulações espúrias e da cooptação de governos, movimentos sociais e lideranças sindicais.
mulheres rebeldes, presente!
Chegamos na manhã do sábado 24. Depois de pegar um ônibus, e outro e mais outro, teve aquele que nos deixou na estrada, onde um cartaz do MST nos chamava: “assentamento Novo Sarandi”. É ai!! Sorrimos felizes. A poucos metros já nos esperava a brigada. Estariam nos protegendo? E o faziam também em helicópteros! Mas eles não são pagos com o dinheiro do povo? É verdade, não somos todxs iguais. Eles identificavam cada pessoa que se aproximava da festa da reforma agrária. Felizmente nem o ex-governador do estado se salvou do controle de documentos.
Nós continuamos, nada nos faria desistir de estar no lugar onde, um quarto de século atrás, nascia o movimento.
Depois de encontrar com algumxs amigas e companheiras, de nos abraçar e parabenizar pela luta de “todxs nós” o ato político começou. Vocês tinham que ver a força daquela jovem feliz, cheia de vida, dançando com a bandeira vermelha. Primeira lágrima caia. Nunca esqueceremos. Como fotografar? Como registrar esses momentos? Assim foram se sucedendo. Compas de todos os lugares, desfilando debaixo da lona colorida com sementes, mudas de árvores, foices, as crianças comendo melancia, maçã.
A alegria e a emoção tomavam conta de todxs nós. Agora nós que estávamos sendo cultivadxs pelas sementes da felicidade.
Logo depois começaram os discursos de muita gente linda. Primeiro a Tuca Moraes, atriz paulista, que declamava tantas verdades e com uma força impressionante... depois, nada menos que a Leda Guevara, sim!! a filha do Che! Nos falando com direto desde o coração. Outras lágrimas de emoção se faziam presentes no auditório. Passaram muitas pessoas que fazem parte da história recente do Brasil como a Anita Prestes, filha do Prestes e da Olga Benário, a Heloisa Fernandes, filha do Florestan e diretora da escola de formação do MST. Não faltaram discursos de políticos, do representante da Palestina no Brasil, outra lágrima caia. Esta primeira parte terminava com João Pedro Stédile. Não imaginam quando ele falou que a nossa reforma agrária popular já conquistou terras de uma dimensão maior que o nosso kerido pais vizinho, o Uruguai.
Essa é a força do povo, da luta, da união, de vontade de transformação social.
MST, a luta é pra valer! O povo se levantava de punho erguido nas platéias.
E, porque não confessar? Nós mulheres rebeldes, temos uma paixão especial pela revolução fora e dentro de casa empreendida pelas bravas mulheres do MST. Essas mulheres que aprenderam na luta a traçar seu próprio destino, cultivar sua autonomia, falando com sua própria voz, deixando suas marcas num movimento que é revolucionário porque busca outro tipo de socialismo.
Finalmente, só podemos dizer, somando nossa voz a outros tantos testemunhos que escutamos no dia 24 de janeiro de 2009: obrigada por nos convidar a compartilhar esse novo caminho. Estejam certas e certos que nós mulheres rebeldes estaremos sempre caminhando junto com vocês.
Se o campo não planta a cidade não janta! Sem feminismo não há socialismo!
marian pessah – clarisse castilhos
agora em lingua argentina
¡Felicitaciones MST! - 25 años de vida
14.000.000 hectáreas de reforma agraria popular
Imágenes en : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157612974284591/
El Movimiento de trabajadorxs rurales Sin Tierra y con tierra acaba de cumplir sus primeros 25 años de vida. Vino para demostrar que es un movimiento de garra y de lucha.
Hay personas que desisten, que se rinden rápido ante un sistema que corrompe y dejan sus sueños derramados. Otras tienen sangre caliente en las venas y prefieren correr todos los riesgos para transformar este mundo. Muchas de ellas forman parte de este gran MOVIMIENTO.
Esta lucha se inició con el objetivo de hacer la reforma agraria: conquistar tierras improductivas, libertarlas de las manos de los terratenientes y con ellas producir alimentos para el pueblo y no lucros incontables para algunxs privilegiadxs. A lo largo de este camino fueron inventando maneras de sobrevivir debajo de intemperies, de construir hogares, de trabajar colectivamente. Fueron sintiendo la urgencia de ampliar sus acciones, abriendo los brazos a las personas pobres que están sofocadas por el día a día de la violencia urbana, de cabeza gacha y cuando encuentran su lugar, enderezan sus espaldas y redescubren la dignidad en la lucha y en el trabajo.
Millares de personas ya fueron asentadas y cultivan solidariamente productos orgánicos y saludables; crean escuelas donde estudian niñxs que estaban condenadas al semi-analfabetismo y a la ignorancia. Muchas más están organizadas en campamentos que albergan aquellxs que hoy podrían estar sub-empleadxs, viviendo en las zonas periféricas de las grandes ciudades. Estas conquistas son innumerables.
Hoy el MST no lucha solamente por la tierra, actúa contra los depredadores de la vida, de la humanidad y de la naturaleza. Las multinacionales del agronegocio que imponen el monocultivo, que acaban con el equilibrio ambiental, que invaden las pequeñas propiedades y generan miseria y desempleo. Contra la elite brasilera que se mantiene desde hace siglos en el poder, a través de articulaciones espurias y de la cooptación de gobiernos, movimientos sociales y líderes sindicales.
mulheres rebeldes, presente!
Llegamos la mañana del sábado 24. Después de tomar un ómnibus, otro, y otro más, este último nos dejó en la ruta donde un cartel del MST nos llamaba: “asentamiento Novo Sarandi”. ¡¡Es ahí!! A pocos metros ya nos esperaba la policía. ¿Estarían para protegernos? ¡También en helicópteros! Ellos identificaban a cada persona que se aproximaba a la fiesta de la reforma agraria. Felizmente ni el ex-gobernador del estado de Rio Grande do Sul se salvó del control de documentos, un indicador de que, a veces, somos todxs iguales.
Nosotras continuamos, nada nos haría desistir de estar en el lugar donde, un cuarto de siglo atrás, nacía el movimiento.
Después de encontrarnos con algunas amigas y compañerxs, de abrazarnos y felicictar/nos por la lucha de “todxs nosostrxs” el acto político comenzaba. Tendrían que ver la fuerza de aquella joven feliz, llena de vida, bailando con la bandera roja. Primera lágrima caía. ¿Cómo fotografiar? ¿Cómo registrar esos momentos? De pronto empezaban a salir compas de todos lados, desfilando debajo de la lona colorida con semillas, plantas, la hoz al hombro, niñxs comiendo sandías, manzanas.
La alegría y la emoción se hacían presentes en todxs nosotrxs. Ahora, de pronto, los roles se invertían y nosotrxs estábamos siendo cultivadxs por las semillas de la felicidad.
En seguida comenzaron los discursos de mucha gente linda. Primero fue Tuca Moraes, actriz de San Pablo, ella traía la palabra de lxs artistas declamando tantas verdades y con una fuerza tan impresionante que marcó un bello comienzo. Después, nada menos que Leda Guevara! Sí, ella!! la hija del Che! Nos habló directo desde el corazón. Otras lágrimas se hacían presentes en el auditorio. Pasaron muchas personas que hacen a la historia de reciente de Brasil como Anita Prestes, hija de Prestes y de Olga Benário, Heloisa Fernandes, hija de Florestan y directora de la escuela nacional de formación del MST. No faltaron discursos de políticos, ni del representante de Palestina en Brasil, otra lágrima rodaba por nuestras mejillas. Esta primera parte terminaba con João Pedro Stédile. ¡No se imaginan cuando habló a cerca de los logros de la reforma agraria popular! Ya se conquistaron tierras de una proporción mayor que la de nuestro kerido país vecino Uruguay.
Esta es la fuerza del pueblo, de la lucha, de la unión de ganas de transformación social.
MST, a luta é pra valer! El pueblo se levantaba de puño erguido en las plateas.
¿Y porqué no confesar? Nosotras mulheres rebeldes, tenemos un amor especial por la revolución fuera y dentro de casa emprendida por las bravas mujeres del MST. Compañeras que aprendieron en la lucha a trazar su propio destino, cultivar su autonomía, hablando con voz propia, dejando marcas en el movimiento que es revolucionario porque busca otro tipo de socialismo.
Para concluir, solo podemos decir, sumando nuestras voces a otros tantos testimonios que escuchamos este 24 de enero de 2009: gracias por invitarnos a compartir este nuevo camino. Pueden estar segurxs que nosotras mulheres rebeldes estaremos siempre caminando junto a ustedes y haciendo propias las palabras porque si el campo no planta la ciudad no come! ¡Sin feminismo no hay socialismo!
marian pessah – clarisse castilhos
1 comentario:
Olá! Eu sou Dandára e também estive no encontro, porém como delegada do estado de Rondônia. Eu compartilhei do seu sentimento quando Tuca Moraes se levantou e disse a carta aberta das mães sem terra. São nesses momentos, principalmente, que a gente sente que vale a pena continuar lutando. Hasta la victoria siempre!
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