Semana passada a Comissão de
Finanças aprovou um substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão
pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do “pai” – o
estuprador – não poder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador, bolsa estupro: um projeto insalubre.
Com essa nova lei, cada mulher
estuprada, e que ficar grávida, para que não aborte o Estado lhe pagará o
equivalente a um salário mínimo até que a criança complete 18 anos. Também está
prevista a possibilidade de que o estuprador
reconheça a criança e seja ele o feliz papai quem banque a mesada dx filhx. E as
mulheres? Alguém pensa em nós? E nas crianças mal-concebidas como consequência de
uma violação? Não, não estás lendo a trama de um filme de terror de próxima
estreia; é mais um fruto divino que está tentando amadurecer dos evangélicos.
Escolher pagar bolsa
estupro às mulheres em lugar de investir em educação sexual para acabar
com as violações, é uma opção ideológica. Vocês são conscientes que se está optando
por uma sociedade de mulheres abusadas e crianças não desejadas? Isso é um terrível
retrocesso na luta do Movimento Feminista! O Brasil era um dos poucos países do
mundo, em que uma mulher estuprada não necessitava demonstrá-lo, sua palavra
era suficiente para poder abortar legalmente. Em lugar de pensar na dor que um
estupro ocasiona, o que se quer é que nós, mulheres, fiquemos presas à vida toda
a esse terrível momento! Uma volta a Idade Média!
O incompreensível, se é que é
possível tentar entender esse HORROR, é que a mesma Comissão de Finanças diga
que não há dinheiro para educação deixando as professoras com um salário
insignificante que está perto dos R$ 1.200,00, porém, para dar via livre ao
estupro, sim há dinheiro???? Façamos números. Brasil, que acaba de ganhar o 7º
lugar do ranking mundial em violência contra as mulheres, tem um estupro a cada 10 minutos. Isso significa 144 estupros diários, vezes 365 dão 52.560 estupros por ano. Se pensarmos “positivamente”, no caso de
que só duas mulheres ficassem grávidas por dia, isso dá 730 salários mínimos a
pagar durante 18 anos. Um cálculo estimado em R$ 88.300.800,00. Essa conta
aproximada seria só o primeiro ano, porque no segundo se somarão as novas mulheres
estupradas e assim no terceiro e no quarto e no quinto, até chegar a 18 anos em
que se “nivelaria”. Alguém pensou na soma, para mim abstrata, de quanto
dinheiro significa esse horror? Em lugar de investir em educação, indústrias,
melhorar estradas, o Brasil opta por investir em estupros, em manutenção da
violência!!
marian pessah - artivista
Convocatória.
Para todas aquelas pessoas que estejam com a digna raiva, nos estaremos
reunindo no Parque da Redenção, neste sábado 15, as 15 hs. Vamos com a indignação
às ruas, essa não é a sociedade que nós desejamos. Vamos defender os nossos sonhos de mulheres
livres e autônomas!!
Nem um passo atrás!
Dois a frente e punhos ao alto!
Brasil decide
invertir en violaciones
La semana pasada, la Comisión de Finanzas de
Brasil, aprobó un sustituto al proyecto que crea el Estatuto do Nascituro. Ese punto previene el derecho al pago de
pensión por el Estado a las/los niñas/os concebidas/os a partir de una violación,
caso el “padre” – el violador– no pueda asumir los gastos, o no fuera identificado. Pensión por abuso, beca violación:
un proyecto insalubre.
Con esta nueva ley, cada mujer violada y que
quede embarazada, para que no aborte el Estado le pagará el equivalente a un
salario mínimo hasta que la/el hija/o complete los 18 años. También está prevista la posibilidad de que el violador reconozca la hija/o
y sea el feliz papá quien banque los gastos. ¡¿Y las mujeres?! ¿Alguien piensa en nosotras? ¿Y en las/os niñas/os
mal-concebidas/os como consecuencia de una violación? No, no estás leyendo la
trama de un film de terror de próximo estreno; es un nuevo fruto divino que
está intentando madurar de los evangélicos.
Elegir pagar beca violación a las mujeres en lugar de invertir dinero en educación sexual para
acabar con las violaciones, es una opción ideológica. ¿Ustedes son conscientes
que se está optando por una sociedad de mujeres abusadas y crianzas no deseadas?
¡Eso es un terrible retroceso en la lucha del Movimiento Feminista! Brasil es uno
de los pocos países del mundo en que una mujer violada no necesita demostrarlo,
su sola palabra es suficiente para poder abortar legalmente en cualquier
hospital público. En lugar de pensar en el dolor que un acto tan violento ocasiona,
¡lo que se quiere es que nosotras nos quedemos presas de por vida a este terrible
momento! ¡Una vuelta a la Edad Media!
Lo incomprensible, si es que es posible intentar
entender este HORROR, es que la misma Comisión de Finanzas diga que no hay dinero
para educación dejando a las profesoras con un sueldo insignificante, próximo a
los R$ 1.200,00 (U$S 600), no obstante, para dar vía librea las violaciones, sí,
hay dinero???? Hagamos números. Brasil, que acaba de obtener el 7º lugar del ranking mundial en violencia
contra las mujeres, tiene una violación
a cada 10 minutos. Esto significa 144 violaciones diarias, multiplicadas
por 365 dan 52.560 violaciones al año.
Si pensamos “positivamente”, en el caso de que solo dos mujeres quedaran
embarazadas por día, serían necesarios 730 salarios mínimos a pagar durante 18
años. Un cálculo estimado en R$ 88.300.800,00 (U$S 44.150.400). Esta cuenta
aproximada sería solo el primer año, porque al segundo se le sumarían nuevas
mujeres violadas y así al tercero y al cuarto y al quinto, hasta llegar a los 18
años en que se “nivelaría”. ¿Alguien pensó en la suma, para mí abstracta, de cuánto
dinero significa este HORROR? En lugar de invertir en educación, hospitales, industrias,
mejorar carreteras; Brasil opta por invertir en violaciones, ¡¡en la manutención
de la violencia!!
marian pessah - (h)artivista