martes, 27 de enero de 2009

Parabéns MST - 25 anos de vida

primero en lengua brasilera

14.000.000 hectares de reforma agrária popular
Imagens em : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157612974284591/

O Movimento de trabalhadorxs rurais Sem Terra e com terra acaba de cumprir seus primeiros 25 anos. Veio para demonstrar que é um movimento de garra e de luta.
Há pessoas que desistem, que se rendem a um sistema que corrompe, que deixam os seus sonhos derramados. Outras tem sangue nas veias, preferem correr todos os riscos para transformar este mundo. Muitas delas fazem parte deste grande MOVIMENTO.

A sua luta iniciou com a bandeira da reforma agrária: conquistar terras improdutivas, trocá-las de mãos, libertá-las para que produzam alimentos para o povo, não lucros incontáveis para alguns privilegiados. Ao longo desse caminho foram inventando maneiras de sobreviver debaixo de intempéries, de construir lares, de trabalhar coletivamente. Foram sentindo a urgência de ampliar sua ação, estendendo os braços para as pessoas pobres que estão sufocadas pelo dia-a-dia da violência urbana, de cabeça baixa e quando encontram sua turma, erguem as costas e redescobrem a dignidade na luta e no trabalho.
Hoje milhares de pessoas foram assentadas e cultivam solidariamente produtos orgânicos e saudáveis; criam escolas onde estudam crianças que estavam condenadas ao semi-analfabetismo e à ignorância. Muitas mais estão organizadas em acampamentos que abrigam aquelxs que hoje poderiam estar sub-empregadxs, vivendo na periferia das grandes cidades. Essas conquistas são inumeráveis embora sejam apenas o início. Muito resta por fazer.

Hoje o MST não luta só pela terra, atua contra os predadores da vida, da humanidade e da natureza. As multinacionais do agronegócio, que impõem o monocultivo, que acabam com o equilíbrio ambiental, que invadem as pequenas propriedades e geram a miséria e o desemprego. Contra a elite brasileira que se mantém secularmente no poder, através de articulações espúrias e da cooptação de governos, movimentos sociais e lideranças sindicais.


mulheres rebeldes, presente!
Chegamos na manhã do sábado 24. Depois de pegar um ônibus, e outro e mais outro, teve aquele que nos deixou na estrada, onde um cartaz do MST nos chamava: “assentamento Novo Sarandi”. É ai!! Sorrimos felizes. A poucos metros já nos esperava a brigada. Estariam nos protegendo? E o faziam também em helicópteros! Mas eles não são pagos com o dinheiro do povo? É verdade, não somos todxs iguais. Eles identificavam cada pessoa que se aproximava da festa da reforma agrária. Felizmente nem o ex-governador do estado se salvou do controle de documentos.
Nós continuamos, nada nos faria desistir de estar no lugar onde, um quarto de século atrás, nascia o movimento.
Depois de encontrar com algumxs amigas e companheiras, de nos abraçar e parabenizar pela luta de “todxs nós” o ato político começou. Vocês tinham que ver a força daquela jovem feliz, cheia de vida, dançando com a bandeira vermelha. Primeira lágrima caia. Nunca esqueceremos. Como fotografar? Como registrar esses momentos? Assim foram se sucedendo. Compas de todos os lugares, desfilando debaixo da lona colorida com sementes, mudas de árvores, foices, as crianças comendo melancia, maçã.
A alegria e a emoção tomavam conta de todxs nós. Agora nós que estávamos sendo cultivadxs pelas sementes da felicidade.

Logo depois começaram os discursos de muita gente linda. Primeiro a Tuca Moraes, atriz paulista, que declamava tantas verdades e com uma força impressionante... depois, nada menos que a Leda Guevara, sim!! a filha do Che! Nos falando com direto desde o coração. Outras lágrimas de emoção se faziam presentes no auditório. Passaram muitas pessoas que fazem parte da história recente do Brasil como a Anita Prestes, filha do Prestes e da Olga Benário, a Heloisa Fernandes, filha do Florestan e diretora da escola de formação do MST. Não faltaram discursos de políticos, do representante da Palestina no Brasil, outra lágrima caia. Esta primeira parte terminava com João Pedro Stédile. Não imaginam quando ele falou que a nossa reforma agrária popular já conquistou terras de uma dimensão maior que o nosso kerido pais vizinho, o Uruguai.
Essa é a força do povo, da luta, da união, de vontade de transformação social.
MST, a luta é pra valer! O povo se levantava de punho erguido nas platéias.

E, porque não confessar? Nós mulheres rebeldes, temos uma paixão especial pela revolução fora e dentro de casa empreendida pelas bravas mulheres do MST. Essas mulheres que aprenderam na luta a traçar seu próprio destino, cultivar sua autonomia, falando com sua própria voz, deixando suas marcas num movimento que é revolucionário porque busca outro tipo de socialismo.

Finalmente, só podemos dizer, somando nossa voz a outros tantos testemunhos que escutamos no dia 24 de janeiro de 2009: obrigada por nos convidar a compartilhar esse novo caminho. Estejam certas e certos que nós mulheres rebeldes estaremos sempre caminhando junto com vocês.

Se o campo não planta a cidade não janta! Sem feminismo não há socialismo!

marian pessah – clarisse castilhos


agora em lingua argentina

¡Felicitaciones MST! - 25 años de vida
14.000.000 hectáreas de reforma agraria popular


Imágenes en : http://www.flickr.com/photos/marianapessah/sets/72157612974284591/

El Movimiento de trabajadorxs rurales Sin Tierra y con tierra acaba de cumplir sus primeros 25 años de vida. Vino para demostrar que es un movimiento de garra y de lucha.
Hay personas que desisten, que se rinden rápido ante un sistema que corrompe y dejan sus sueños derramados. Otras tienen sangre caliente en las venas y prefieren correr todos los riesgos para transformar este mundo. Muchas de ellas forman parte de este gran MOVIMIENTO.
Esta lucha se inició con el objetivo de hacer la reforma agraria: conquistar tierras improductivas, libertarlas de las manos de los terratenientes y con ellas producir alimentos para el pueblo y no lucros incontables para algunxs privilegiadxs. A lo largo de este camino fueron inventando maneras de sobrevivir debajo de intemperies, de construir hogares, de trabajar colectivamente. Fueron sintiendo la urgencia de ampliar sus acciones, abriendo los brazos a las personas pobres que están sofocadas por el día a día de la violencia urbana, de cabeza gacha y cuando encuentran su lugar, enderezan sus espaldas y redescubren la dignidad en la lucha y en el trabajo.
Millares de personas ya fueron asentadas y cultivan solidariamente productos orgánicos y saludables; crean escuelas donde estudian niñxs que estaban condenadas al semi-analfabetismo y a la ignorancia. Muchas más están organizadas en campamentos que albergan aquellxs que hoy podrían estar sub-empleadxs, viviendo en las zonas periféricas de las grandes ciudades. Estas conquistas son innumerables.

Hoy el MST no lucha solamente por la tierra, actúa contra los depredadores de la vida, de la humanidad y de la naturaleza. Las multinacionales del agronegocio que imponen el monocultivo, que acaban con el equilibrio ambiental, que invaden las pequeñas propiedades y generan miseria y desempleo. Contra la elite brasilera que se mantiene desde hace siglos en el poder, a través de articulaciones espurias y de la cooptación de gobiernos, movimientos sociales y líderes sindicales.


mulheres rebeldes, presente!
Llegamos la mañana del sábado 24. Después de tomar un ómnibus, otro, y otro más, este último nos dejó en la ruta donde un cartel del MST nos llamaba: “asentamiento Novo Sarandi”. ¡¡Es ahí!! A pocos metros ya nos esperaba la policía. ¿Estarían para protegernos? ¡También en helicópteros! Ellos identificaban a cada persona que se aproximaba a la fiesta de la reforma agraria. Felizmente ni el ex-gobernador del estado de Rio Grande do Sul se salvó del control de documentos, un indicador de que, a veces, somos todxs iguales.
Nosotras continuamos, nada nos haría desistir de estar en el lugar donde, un cuarto de siglo atrás, nacía el movimiento.

Después de encontrarnos con algunas amigas y compañerxs, de abrazarnos y felicictar/nos por la lucha de “todxs nosostrxs” el acto político comenzaba. Tendrían que ver la fuerza de aquella joven feliz, llena de vida, bailando con la bandera roja. Primera lágrima caía. ¿Cómo fotografiar? ¿Cómo registrar esos momentos? De pronto empezaban a salir compas de todos lados, desfilando debajo de la lona colorida con semillas, plantas, la hoz al hombro, niñxs comiendo sandías, manzanas.
La alegría y la emoción se hacían presentes en todxs nosotrxs. Ahora, de pronto, los roles se invertían y nosotrxs estábamos siendo cultivadxs por las semillas de la felicidad.

En seguida comenzaron los discursos de mucha gente linda. Primero fue Tuca Moraes, actriz de San Pablo, ella traía la palabra de lxs artistas declamando tantas verdades y con una fuerza tan impresionante que marcó un bello comienzo. Después, nada menos que Leda Guevara! Sí, ella!! la hija del Che! Nos habló directo desde el corazón. Otras lágrimas se hacían presentes en el auditorio. Pasaron muchas personas que hacen a la historia de reciente de Brasil como Anita Prestes, hija de Prestes y de Olga Benário, Heloisa Fernandes, hija de Florestan y directora de la escuela nacional de formación del MST. No faltaron discursos de políticos, ni del representante de Palestina en Brasil, otra lágrima rodaba por nuestras mejillas. Esta primera parte terminaba con João Pedro Stédile. ¡No se imaginan cuando habló a cerca de los logros de la reforma agraria popular! Ya se conquistaron tierras de una proporción mayor que la de nuestro kerido país vecino Uruguay.

Esta es la fuerza del pueblo, de la lucha, de la unión de ganas de transformación social.
MST, a luta é pra valer! El pueblo se levantaba de puño erguido en las plateas.

¿Y porqué no confesar? Nosotras mulheres rebeldes, tenemos un amor especial por la revolución fuera y dentro de casa emprendida por las bravas mujeres del MST. Compañeras que aprendieron en la lucha a trazar su propio destino, cultivar su autonomía, hablando con voz propia, dejando marcas en el movimiento que es revolucionario porque busca otro tipo de socialismo.

Para concluir, solo podemos decir, sumando nuestras voces a otros tantos testimonios que escuchamos este 24 de enero de 2009: gracias por invitarnos a compartir este nuevo camino. Pueden estar segurxs que nosotras mulheres rebeldes estaremos siempre caminando junto a ustedes y haciendo propias las palabras porque si el campo no planta la ciudad no come! ¡Sin feminismo no hay socialismo!

marian pessah – clarisse castilhos

Bate papo com Yuderkys Espinosa



mulheres rebeldes juntamente com o grupo Maria Mulher convidam para um bate papo com Yuderkys Espinosa.

Temos o prazer de ter conosco, em Porto Alegre, esta grande ativista latino-americana e gostaríamos de convidar vocês para uma conversa e lançamento do seu livro Escritos de una lesbiana oscura http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2008/11/escritos-de-una-lesbiana-oscura.html

- Quando? quinta-feira 29 de janeiro, 20.00 horas
- Onde? na Travessa Francisco Leonardo Truda 40, sobreloja – Porto Alegre/RS.
- Quem é ela?
Nascida na República Dominicana vive desde 2001 em Buenos Aires. É graduada em Psicologia, com mestrado em Ciências Sociais e Educação pela FLACSO, Argentina. Atualmente é doutoranda em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires. Há cerca de 20 anos incursiona pela teoria e política feminista e lésbica, atuando como pesquisadora, docente e ensaísta em temáticas de gênero, sexualidade e racismo. É freqüentemente convidada a orientar cursos e participar em congressos, conferências e palestras sobre esses temas, contando com vários trabalhos divulgados em meios escritos e eletrônicos. Acaba de publicar “Escritos de una lesbiana oscura”, uma recompilação de alguns de seus ensaios e é coordenadora da editora en la frontera, um projeto de organização e divulgação de ensaios e poesias escritos por mulheres latino-americanas. Também é fundadora do Grupo Latino-americano em Estudo, Formação e Ação em Sexualidade, Gênero e Desenvolvimento Sustentável do Colégio das Américas e membra do Instituto Interdisciplinar de Estudos de Gênero da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires.

jueves, 15 de enero de 2009

Encontro feminista autônomo: Fazendo comunidade na casa das diferenças


primero em língua brasileira

periodo: quinta-feira 12 a domingo 15 de março

nossa bloga : http://feministasautonomasenlucha.blogspot.com/

nosso correio : feministasautonomas@yahoo.com.br

Este encontro não conta com nenhum apoio financeiro, a sua realização só é possível graças a nossa garra e parcerias estabelecidas ao longo das caminhadas.

Cantamos, rimos, questionamos e subvertemos os diferentes regimes de controle e opressão das mulheres. Atuamos para impedir que o Patriarcado continue a dançar no ritmo das impunidades, das alianças nefastas com o capitalismo neoliberal e militarista, com a xenofobia e o racismo galopantes, que produzem pobreza, perseguições, dominação sobre os nossos corpos e desejos.
O feminismo autônomo latino-americano e caribenho enfrenta com prazer e dignidade este regime político heterossexual do qual fazem parte as pessoas que se escondem detrás das suas práticas amorosas por uma migalha de respeito machista. Nós não aceitamos a heterossexualidade normativa, nem o classismo, nem o racismo, nem sexismo, nem a discriminação pela idade, nem tampouco a destruição ambiental. Com a força de nossa história rebelde seguimos construindo a vida que almejamos para nós e para toda a humanidade.

Retomamos as histórias de tantas feministas que tem pensando, criado, imaginado outros mundos distintos, fora das instituições, agências, governos e partidos, que definem o futuro de um movimento feminista hegemônico que corre atrás de uma fatiazinha do bolo, do reconhecimento dos Estados em troca de pensar e atuar baixo normas definidas por eles e suas instituições.
Enquanto isso continuamos agindo, pensando, de-generando, regenerando e gerando ações, sensações, palavras. Gostamos de dançar e dançamos, seja no ritmo da teoria e da prática, seja no do blues, do samba, do rock, da chacarera, da trutruca, do kultrún e dos tambores…

VAMOS NOS JUNTAR NO MÉXICO!!
Esta proposta surge de lésbicas feministas autônomas de diferentes países da América Latina e do Caribe.
- porque nos agrada e porque queremos;
- porque nos interessa mostrar lógicas alternativas fora dos volumosos recursos financeiros e dos grandes hotéis para nos encontrarmos;
- porque somos rebeldes com causa e nos esforçamos em sonhar com o impossível porque “o possível” já demonstrou que dói e é injusto;
- porque se faz necessário seguir repensando criticamente o feminismo que queremos construir desde a autonomia, desde o nosso fazer, desde nosso sentir, desde nossos desejos, sexualidades, vidas e projetos políticos;
- porque questionamos as lógicas institucionais, partidárias, “de gênero”, a-críticas e negadoras do feminismo como enfoque político e revolucionário que parece se anunciar no XI Encontro Feminista regional;
- porque não renunciamos ao verdadeiro sentido dos encontros entre companheiras feministas que, acreditamos, é o de contribuir para uma luta radicalmente antipatriarcal, anticapitalista, antiracista e antihegemónica.

O nosso encontro será dias antes do XI Encontro Feminista
- para falar desde e entre nós;
- para tecer cumplicidades e criatividades, distintas e rebeldes;
- para seguir desenvolvendo nossos ideais e propostas que no seu momento se darão a conhecer no XI Encontro Feminista.
O Encontro será autogestionado. Estamos procurando as formas de chegar ao México e de nos instalar no DF, num lugar para refletir, debater, nos alegrar de estarmos juntas, pensar, dançar, cantar, acolher, trepar e rir.

FEMINISTAS AUTÔNOMAS DES-CONSTRUINDO, DE-GENERANDO, RE-PENSANDO, RE-ATUANDO, COM-VIVENDO.

periodo: quinta-feira 12 a domingo 15 de março (4 dias) - CIDADE: DF – MÉXICO

DIA 1: entre drinks, risos, cantos, poemas: CELEBRANDO O RETORNO DAS NON GRATAS!!!!
Manhã: chegadas e acolhidas

12hs. Abertura:
- Apresentação das participantes;
- Acordos de funcionamento e convivência;
- Almoço coletivo.

16hs: COMO ESTAMOS? Nossa história.
Juntas pensaremos e desenharemos uma metodologia que junte a história da autonomia feminista destacando:
- o seu nascimento,
- os contextos históricos,
- as estratégias,
- o pensamento que a sustenta.
- Acertos e erros.
- Autocríticas.
Como ponto de partida, algumas companheiras, entre elas “Las próximas”, “Las Dignas”, “Las Cómplices” , “Comunidad Mujeres Creando Comunidad”, “Memoria Feminista”, “las chinchetas”, farão um pequeno relato a partir de seus olhares.

22.00 horas: Arte feminista - Apresentação de livros
- MULHERES REBELDES apresentam EM REBELDÍA.
- Editora en la frontera apresentará o seu novo livro.
- Soñé que soñaba: una crónica del movimiento feminista en Colombia de 1975-1982.
- Julieta Paredes Hilando fino (do ponto de vista do feminismo comunitário).

Exposições:
- Fotografias : marian pessah

DIA 2: ONDE ESTAMOS?
das 9.00 as 13.00: Como caracterizar o pensamento/ ações do feminismo autônomo hoje:
- Quais os seus argumentos políticos
- O que estamos fazendo em ações, propostas, utopias, alianças etc.
- Satisfações e erros.

das 15.00 as 19.00: PARA ONDE VAMOS?
- Propostas para fortalecer um pensamento autônomo situado, anti-essencialista, atravessado pela multiplicidade de identidades e opressões.
- Compromissos urgentes e ineludíveis do nosso agir;
- Alianças efetivas e potenciais;
- Informe sobre o processo de construção do VIII Encontro Lésbico Feminista Latinoamericano y Caribeño.
- Propostas para articular ações para o Encontro lésbico.

22..00 horas: Baile e conversas

DIA 3: Estratégias de interferências autônomas no XI Encontro Feminista.

DIA 4: Foro com mulheres de outros movimentos sociais.
Inclui diálogo sobre o Femicídio no México. Os debates serão acompanhados de um documentário: Señorita Extraviada ou Bajo Juárez.

Muita rebeldia e muita luta
Só a desobediência nos fará livres
Luta ama a Victoria e Rebeldia namora com Paixão
Faz anos que a gente vem lutando contra a heterossexualidade obrigatória, é hora de lutar, também, contra a monogamia imposta.

Importante: no Encontro feminista autônomo: Fazendo comunidade na casa das diferenças não se cobrará nenhum tipo de entrada, nem hospedagem. Faremos uma vaquinha. Diariamente, para bebidas e alimentação, vamos passar o chapéu para juntar nossos trocados.

Encuentro feminista autónomo : Haciendo comunidad en la casa de las diferencias
período: jueves 12 al domingo 15 de marzo

nuestra bloga : http://feministasautonomasenlucha.blogspot.com/

nuestro correo :
feministasautonomas@yahoo.com.br

primeramente en lenguas mexicas, argentinas, colombianas, chilenas, bolivianas, guatemaltecas en seguida em lengua brasileira

Este encuentro no cuenta con ningún apoyo financiero, su realización es posible gracias a nuestras ganas y alianzas a lo largo de nuestras caminatas.

Cantamos, reímos, cuestionamos, subvertimos los diferentes regímenes de control y opresión de las mujeres. Actuamos para impedirle al Patriarcado que siga bailando al compás de las impunidades, de las alianzas nefastas con el capitalismo neoliberal y militarista, con la xenofobia y el racismo galopantes, que producen pobreza, persecución, control sobre nuestros cuerpos y deseos.
El feminismo autónomo latinoamericano y caribeño enfrenta con placer y dignidad a este régimen político heterosexual del que se hacen parte quienes ocultan sus prácticas amorosas por una tajada de respeto machista. Nosotras no aceptamos la heterosexualidad normativa, así como tampoco el clasismo, el racismo, el sexismo, la discriminació n por edad o la depredación de la tierra. Y con la fuerza de la historia rebelde que tenemos seguimos construyendo la vida buena que queremos para nosotras y para toda la humanidad.
Retomamos las historias de tantas feministas que han pensando, creado, imaginado otros mundos distintos, fuera de las instituciones, agencias, gobiernos y partidos, que definen el devenir de un movimiento feminista hegemónico que corre detrás del pedacito de pastel que le dan, del reconocimiento de los Estados a cambio de pensarse y actuar desde ellos y sus instituciones.
Mientras tanto, nosotras seguimos actuando pensando, de-generando, regenerando y generando acciones, sensaciones, palabras. Nos gusta danzar y lo hacemos tanto al ritmo de la teoría y de la práctica, como del blues, de la samba, del rock, de la chacarera, la trutruca, el kultrún y los tambores…

¡¡NOS VAMOS A JUNTAR EN MÉXICO!!
Esta propuesta surge de lesbianas feministas autónomas de diferentes países de América Latina y el Caribe.
- porque nos gusta y nos da la gana;
- porque nos interesa colocar otras lógicas fuera de las grandes sumas de dinero y los grandes hoteles para encontrarnos.
- porque somos rebeldes con causa y nos empeñamos en soñar con lo imposible porque “lo posible” ya demostró que es doloroso e injusto;
- porque se hace necesario seguir repensando críticamente el feminismo que queremos construir desde la autonomía, desde nuestro hacer, desde nuestro sentir, desde nuestros deseos, sexualidades, vidas y proyectos políticos;
- porque cuestionamos las lógicas institucionales, partidarias, “de género” a-críticas, y negadoras del feminismo como enfoque político y revolucionario que parece anunciarse en el XI Encuentro Feminista regional;
- porque no renunciamos al verdadero sentido de los encuentros entre compañeras feministas, que, creemos, es el de aportar a una lucha radicalmente antipatriarcal, anticapitalista, antiracista, antihegemónica.

Nuestro encuentro será días antes del XI Encuentro Feminista
para hablar desde y entre nosotras;
para tejer complicidades y creatividad, distintas y rebeldes;
para seguir desarrollando nuestras ideas y planteamientos que en su momento se conocerán en el XI Encuentro Feminista.
El Encuentro será autogestionado. Buscaremos las maneras de llegar a México y de instalarnos en el DF, en un lugar para reflexionar, debatir, alegrarnos de estar juntas, pensar, bailar, cantar, acoger, coger y reír.

FEMINISTAS AUTÓNOMAS DE-CONSTRUYENDO, DE-GENERANDO, RE-PENSANDO, RE-ACTUANDO, CON-VIVIENDO.

periodo: jueves 12 al domingo 15 de marzo (4 días) - LUGAR: DF – MÉXICO

DÍA 1: entre tragos, risas, cantos, poemas: ¡¡¡¡CELEBRANDO EL REGRESO DE LAS NON GRATAS!!!!
Mañana: Llegadas y recibimientos

12hs. Apertura:
- Presentación de las participantes
- Acuerdos de funcionamiento y convivencia
- Almuerzo colectivo

16hs ¿COMO ESTUVIMOS? Nuestra historia
Entre todas pensaremos y diseñaremos una metodología que recoja la historia de la autonomía feminista destacando:
- su nacimiento,
- los contextos históricos,
- las estrategias,
- el pensamiento que la sostuvo.
- Aciertos y errores.
- Autocríticas.

Como punto de partida, algunas compañeras, entre ellas de “Las próximas”, “Las Dignas”, “Las Cómplices” , “Comunidad Mujeres Creando Comunidad”, “Memoria Feminista”, “las chinchetas”, harán un pequeño relato desde sus visiones.

22.00 horas: Arte feminista - Presentación de libros
- MULHERES REBELDES presentan EN REBELDÍA
- En la frontera editorial presenta su nuevo libro
- Soñé que soñaba : una crónica del movimiento feminista en Colombia de 1975-1982
- Julieta Paredes Hilando fino (desde el feminismo comunitario)

Exposiciones :
- Fotografías : marian pessah

DÍA 2: ¿EN QUÉ ESTAMOS?
de 9.00 a 13,00: Como caracterizar el pensamiento/ accionar del feminismo autónomo hoy:
Cuáles son sus argumentos políticos
Cómo la estamos haciendo en acciones, propuestas, utopías, alianzas etc.
Satisfacciones y errores.

de 15.00 a 19.00: HACIA DÓNDE VAMOS?
Propuestas para fortalecer un pensamiento autónomo situado, antiesencialista, atravesado por la multiplicidad de identidades y opresiones.
Compromisos urgentes e ineludibles de nuestro accionar
Alianzas efectivas y potenciales
Informe sobre el proceso hacia el VIII Encuentro Lésbico Feminista Latinoamericano y Caribeño.
Propuestas para articular acciones de cara el Encuentro lésbico.

22.00 horas: Bailongo, Charlas, pláticas…

DÍA 3: Estrategias de irrupción autónoma en el XI Encuentro Feminista.

DIA 4: Foro con mujeres de otros movimientos sociales.
Incluye diálogo sobre el Femicidio en México. Para acompañar los debates se proyectará un documental Señorita Extraviada o Bajo Juárez.

Mucha rebeldía y mucha lucha
Sólo la desobediencia nos hará libres
Lucha ama a Victoria y Rebeldía está enamorada de Pasión
Hace años que luchamos contra la heterosexualidad obligatoria, ahora es el momento de luchar, también, contra la monogamia impuesta.

Importante : en el Encuentro feminista autónomo: Haciendo comunidad en la casa de las diferencias no se cobrará ningún tipo de entrada, ni hospedaje. Haremos un fondo común para nuestras comidas y bebidas diariamente.

miércoles, 14 de enero de 2009

textos do sarau

E ai gente! Tudo bom?
Começaremos a ir subindo textos que foram lidos no nosso sarau.
Cada um vá por separado assim, caso gostem podem deixar alguma mensagem.

Abraços rebeldes

o olhar

Sílvia Pires

Como é vista uma mulher, lésbica, feminista, ativista a partir do olhar hetero, da mulher e do homem heteros? Um olhar é um recorte, seus olhares recortam o que não se encaixa nos seus mundos, deslocam para o lugar da abjeção, deslocam para a margem. Como pensar a margem? Pertencemos a que lugar? Ao lugar em que nos organizamos ou que nos colocam, nos ordenam, nos limitam e delimitam? Somos margem por adaptação, opressão ou por direito, apropriação? Nós lutamos contra o quê? Contra este olhar que não aceita a diferença? Somos, nós, lésbicas, gays, a diferença, o desvio? Como pensar o desvio? Pensemos o desvio como um escape, um escape à norma, esta norma hetero que quer se impor e dominar. E se nós fossemos a norma, a maioria, o grupo dominante? Como agiríamos, reagiríamos à diferença, ao “anormal”? Gosto de pensar no exercício de se colocar no lugar do outro não para entender, aceitar, respeitar, mas para conviver, partilhar, construir.

La sal de la vida

marian pessah

Este texto es de reciente publicación en Snister Wisdom 74, Lesbianas Latinas, cuya editora es Juanita Ramos.

La gran enseñanza me la dio mi viejo. De niña vivía en una casa en la que tanto mi madre como mi padre trabajaban todo el día. Ellos, como tantas otras personas, hacían malabares buscando ese mango que nos hiciera morfar[1], pero yo notaba que al volver a casa se producía una diferencia sustancial.
Él, se sacaba los zapatos con las preocupaciones del día, y se ponía las pantuflas del confort. Junto con un vaso de whisky se sentaba en su sillón a leer, a veces el diario, otras un libro.
Ella, a quien también le gustaba leer, no tenía la misma opción, ni siquiera sillón propio. Debía continuar y comenzar su otro trabajo, su segunda jornada – la sin salario – la de la casa, las hijas, la cena.
Mientras comíamos, el rey con voz ronca y temerosa decía: a la comida le falta sal. Mi mamá, que no se asemejaba en nada a una reina, creía que era su deber atender a las necesidades masculinas. Con el cansancio a cuestas y su espalda encorvada, se levantaba y la buscaba. Otras veces nos pedía a mi hermana o a mí que lo hiciéramos. A pesar de la pena que me daba ver su extenuación, nunca obedecí a ese pedido. Entendía que si la comida estaba poco salada, él también tenía condiciones físicas de pararse y buscar los condimentos necesarios. Un grito fuerte de su alteza hacía vibrar los vidrios, parecía un feroz rayo pero no conseguía partir el falso castillo.
El fuerte alarido ordenaba que me fuera a dormir, sin terminar de comer. Mi madre, aunque mordiera sus labios con rabia, nunca contradecía las leyes monárquicas-patriarcales.

Han pasado más de tres largas décadas y esos episodios aún dan vueltas en mi cabeza. Me pregunto qué es la rebeldía sino las ganas de detener ese mundo, la necesidad de cambiar su dirección, gritar injusticias. Deseos de construir nuevas realidades y poder habitarlas.

Rápidamente comprendí que la vida no era igual para unas que para otros. Mi casa no se parecía a los cuentos infantiles que fantásticamente me daban para leer. En ellos, la mujer del rey era la reina. Gracias a mi curiosidad empecé a observar lo que sucedía a mi alrededor. Siempre lo mismo. Sólo cambiaban los actores, las actrices. En todas las casas mandaban los hombres y las mujeres debían obedecer. Parecía una monótona telenovela sin mucha imaginación.

Tenía un dolor tan fuerte dentro mío, que necesitaba expresarme. Deseaba gritarle al mundo que no quería vivir así, ni ser cómplice de ese juego macabro. Un día supe que mi rebeldía tenía nombre, se llamaba feminismo. Me iría enterando también que había todo un movimiento social y político, inclusive, que existía mucha bibliografía al respecto y otras mujeres habían sentido ese mismo dolor. Yo no estaba sola.

Al continuar con mis interrogantes, me preguntaba si el amor debería venir únicamente de la “mano” de un hombre, del príncipe azul, ese que después del casa-miento se calzaría las pantuflas y bebería whisky confortablemente mientras yo debería continuar la segunda jornada.
Un NO rotundo se imponía frente a esa cárcel social. A la mentira de la casa.

Un día me descubrí encantada mirando a unas chicas. Las que a mí me gustaban no eran las rubias y flaquitas, sino las que tenían firmeza, decisión en sus actitudes, ideas propias. ¿Sería posible con una conciencia tan despierta enamorarme de un hombre, de un representante de la opresión?

En esa época, como consecuencia de mis búsquedas, mis amigas eran mujeres y cuando estaba entre lesbianas me sentía mucho más cómoda, a veces era como hablar una misma lengua. Había cosas implícitas que dentro de la sociedad heterosexual no encontraba. Pero mi lesbianidad no era un hecho puramente sexual, tampoco la consideraba una orientación a nada.
Con el tiempo descubrí que el hecho de ser lesbiana no era sinónimo de trasgresión, tampoco una siamesa de la rebeldía. Habíamos muchas con diversidad de inquietudes, gustos, his-herstorias y sueños. Otro largo camino a recorrer se presentaba. Lo que tenía nuestra existencia lesbiana era la tierra fértil para plantar y trabajar las ideas feministas, pensar en otros mundos donde las relaciones de poder no nacieran de forma arbitraria, con la balanza inclinada siempre para el mismo lado.

Un día llegó a mis manos una convocatoria a una reunión de lesbianas feministas. Mis ojos se iluminaron, era lo que sin saber estaba necesitando. Empezaba a sentir que por fin estaba entre pares. En esas reuniones fui descubriendo todo ese patriarcado impuesto que de niñas nos enseñaban como “bueno,” esa misoginia que los hombres desarrollaron con tanta meticulosidad para que nosotras fuéramos fieles sumisas a los patrones. Por más que yo me rebelara a muchas imposiciones, no tenía conciencia de la maquinaria feroz que envolvía esta ideología de dominación.
Recuerdo esas noches de descubrimientos. Nos reuníamos en casa de alguna de nosotras y leíamos textos que nos llevaban a la pasión. Discutíamos acaloradamente, siempre alguna del grupo contaba sus experiencias. Así fui comprendiendo que la lesbofobia también estaba adentro nuestros y había que conocerla y aceptarla para extirparla de nuestros cuerpos.

De ahí fueron saliendo deseos-acciones encaminadas a destruir ese mundo heredado al cual no queremos pertenecer. Juntas empezamos a imaginar que somos las arquitectas, ingenieras, artistas y creadoras de los sueños que sí deseamos habitar. Fuimos abriendo camino a nuestras rebeldías y deseos más profundos.


Así comenzaba mi lucha. Era la única forma de transformar mi rabia en acción.
Así fue como pude pasar de la soledad de lo personal a lo colektivo de lo polítiko.
¡Y yo no era la única que tenía estas inquietudes!



[1]
Aquí parafraseo al tango “Yira, Yira”. Mango es billete, dinero. Morfar es comer. Son palabras en lunfardo, lenguaje típico del tango.

jueves, 8 de enero de 2009

neste sabado 10 : sarau rebelde

Olá mulheres! Como 2009 está tratando vocês? Esperamos que cheio de surpresas agradáveis. E o calor? Em poucos dias passamos da escuridão outonal pro maior bafão, né? Sem falar em todos os outros bafões do final do ano. Mas mesmo assim – e pra não se conformar com isso - a gente continua pra frente com as nossas rebeldias.

Queremos te contar sobre um novo ciclo que estamos inaugurando neste sábado: sarau rebelde. Não só porque somos as mulheres rebeldes que apelidamos esses encontros, mas porque é um espaço onde atuaremos – todas - com a premissa da rebeldia.

Como assim? A idéia é a seguinte, vamos nos encontrar neste sábado no Porto Beer. Cada uma de nós leva alguma coisa para ler, algo que queira compartilhar. Pode ser escrito próprio ou de outras/os autoras/es. O que cada uma deseja: uma página do seu próprio diário ou do diário da Anais Nin. Um conto curto, um parágrafo de alguma leitura que adoraste e não consegues tirar da cabeça. Te desafiamos a encontrar alguma coisa que não seja a manchete da ZH. No último caso, também não é razão para deixar de vir. Nada é obrigatório. Dá para ficar só assistindo, bebericando, curtindo e jogando conversa fora.
Te esperamos para compartilhar conosco um sábado diferente. Diferente porque nunca fizemos um sarau rebelde ;-).

Aparece por lá com as tuas amigas, companheiras, camaradas, namorada/s amante/s ou sozinha. O importante é que venhas.

Quando? Neste sábado 10 de fevereiro as 19.00 horas
Onde? No Porto Beer, sim, na Rua da Republica - Cidade Baixa

Aproveitaremos para vender livros e revistas lésbicos que não se encontram no Brasil